Parceria com a Casa Thomas Jefferson transforma escola pública em colégio bilíngue

Parceria com a Casa Thomas Jefferson transforma escola pública em colégio bilíngue

Todos os professores efetivos do Centro Educacional do Lago ganharam bolsas no centro binacional para aprimorar o inglês e levá-lo para a sala de aula, onde mudam a rotina dos estudantes

Uma parceria com a Casa Thomas Jefferson vem transformando o dia a dia de estudantes e professores do Centro Educacional do Lago (CEL). E isso se traduz no título ostentado pela instituição de ensino público do DF: escola intercultural bilíngue. Tudo começou em 2019. Em 2020, veio a pandemia, a interrupção das aulas presenciais, o ensino remoto, mas o projeto segue firme e forte, agora novamente em modo presencial, despertando alunos para um novo idioma, tão importante para o futuro educacional e profissional desses jovens.

O primeiro passo para essa transformação bilíngue ocorreu há três anos, quando a Secretaria de Educação do DF procurou o CEL para a implantação de um projeto-piloto de escola intercultural bilíngue no DF. A diretoria da escola consultou a comunidade, professores, estudantes e pais, e o projeto foi aceito. Mas como iniciar um projeto de bilinguismo se a maioria dos professores do centro educacional não tinha a proficiência na língua inglesa necessária? “Desde o primeiro momento, já começou com professores que tinham alguma fluência, inserindo bilinguismo em algumas atividades escritas e orais. Atividades de inserção do bilinguismo variavam e variam de acordo com a proficiência do professor”, explica Gabriel Brito, supervisor pedagógico.

A parceria com a Thomas Jefferson surgiu dessa necessidade de qualificação do corpo docente. “Começamos a buscar parcerias institucionais, inclusive com a Embaixada dos EUA, e recebemos um treinamento deles. Então, algumas parcerias foram estabelecidas, e a Thomas é a maior delas, a mais importante porque, se o professor não sabe falar inglês, ele não vai conseguir fazer um projeto bilíngue acontecer. Essa é a parceria de base, estrutural”, destaca Gabriel. 

Todos os professores efetivos do CEL possuem bolsa de estudos para aprimorar o seu inglês no centro binacional. “Aqueles professores que terminam o curso regular de inglês podem fazer outros cursos, de conversação ou preparação para exames, como TOEFL e Cambridge. São muitas possibilidades para continuar nesse processo de aprimoramento”, aponta ele.

Reconhecida por sua excelência em treinamento e desenvolvimento de professores, a Casa Thomas Jefferson oferece uma ampla gama de oportunidades para capacitação de educadores. Os cursos, de curta e longa duração, presenciais e online, englobam diversas competências essenciais para a sala de aula. Entre os temas abordados, estão metodologias de ensino, educação maker, CLIL (Content and Language Integrated Learning), introdução à fabricação digital, criação de vídeo e muito mais.

“A Casa Thomas Jefferson é referência no treinamento e desenvolvimento de professores de inglês há quase seis décadas. Nossos cursos preparam os professores para todos os desafios da  sala de aula dos dias de hoje. Proporcionamos a eles o conhecimento específico para que possam ensinar em escolas bilíngues e desenvolvemos a mentalidade maker e o uso dessa abordagem com os estudantes, além de muitas outras competências importantes para os professores”, destaca Clarissa Bezerra, Gerente Corporativa Acadêmica da Casa Thomas Jefferson. 

A formação dos professores do Centro Educacional do Lago permitiu maior inserção da língua na rotina dos estudantes. E isso favoreceu uma variedade de formas de ensino do inglês em sala de aula. “Tem professor que coloca dicas da prova em inglês, palavras dentro do texto na disciplina. Tem outro que trabalha falando em sala. São várias estratégias. Não é fácil porque os alunos vêm de um contexto em que eles não falam inglês”, explica o supervisor pedagógico do CEL.

A transformação do Centro Educacional do Lago em escola intercultural bilíngue vem trazendo frutos para a comunidade escolar. Proporciona um dinamismo às aulas e agrada a docentes e alunos. “Toda comunidade gosta muito dessa parceria porque, sem ela, a gente não conseguiria pensar em implantar o bilinguismo. Os professores acham maravilhoso. Nós, na gestão, achamos maravilhoso também. Com certeza, os estudantes e as famílias também”, finaliza Gabriel Brito.

, 7/Jul/2022