O presidente americano da intelectualidade

O presidente americano da intelectualidade

"I like the dreams of the future
better than the history of the past."
Thomas Jefferson

Thomas Jefferson, ex-presidente americano, foi o autor da Declaração da Independência dos Estados Unidos e terceiro presidente do país. Ele não foi apenas uma personalidade política importante, ele foi também um homem da cultura e, principalmente, dos livros. Historiador e filósofo poliglota, ele tem seu nome permanente ligado à intelectualidade em homenagens mundo afora, como a que é feita em Brasília por meio da Casa Thomas Jefferson.


O mandato de Jefferson como presidente durou de 1801 a 1809. O integrante do grupo conhecido como “The Founding Fathers” (Pais Fundadores), composto pelos signatários da Declaração da Independência, sucedeu a John Adams, que tinha herdado o cargo de George Washington. 


Admirador dos ideais da Revolução Francesa, ele aproveitou sua estada na França, entre 1785 e 1789, para estudar a cultura europeia e enviou para os Estados Unidos livros, sementes, plantas, estatuas, cópias de projetos arquitetônicos e instrumentos científicos, entre outros materiais. 


Jefferson era um historiador que admirava tanto o passado quanto o futuro, como expressou em uma frase célebre: “Eu gosto mais dos sonhos do futuro do que da história do passado.” Ele também era conhecido por suas inúmeras bibliotecas: no quarto de desenho da casa onde vivia em Charlottesville, na Virginia, foram construídas prateleiras especiais somente para os livros de pequenos formatos, por exemplo. Isso porque ele colecionava as menores edições publicadas de cada título de suas obras preferidas. A biblioteca principal da casa de Thomas Jefferson tinha mais de seis mil livros. Foi este acervo que Thomas Jefferson vendeu à Biblioteca do Congresso em 1815. 


O terceiro presidente dos EUA inventou um sistema próprio de marcar os seus livros, um método que misturava letras cursivas e letras de imprensa escritas em cada página. De acordo com os biógrafos, em uma carta ao ex-presidente John Adams, datada de junho de 1815, ele expressa o seu amor pelos livros. Também há registros, nas cartas de Thomas Jefferson, das recomendações literárias feitas aos filhos e netos. Não há uma lista de livros, mas sugestões de obras de história e ensino de língua estrangeira, além de poesia. O intelectual também enviava recortes de jornais aos familiares com indicações de leitura. Tanta admiração pelos livros inspirou diversas homenagens, dentro e fora dos Estados Unidos. 

, 17/Abr/2023