Pinturas em Paralelo

Pinturas em Paralelo

Pinturas em Paralelo
Visitação: até 20 de maio de 2023 | segunda a sexta-feira, das 8h às 19h | sábados, das 8h às 12h | domingos e feriados, fechada
Local: Galeria de arte - Casa Thomas Jefferson, na SEP Sul 706/906

A mostra celebra os 63 anos de Brasília e os 80 anos da talentosa artista e professora, conhecida também pelo talento musical

A Galeria de Arte Casa Thomas Jefferson abre na próxima quarta-feira (19), das 18h30 às 21h, a exposição Pinturas em Paralelo, da artista plástica Valeska Hadelich. Com visitação até 20 de maio, a mostra celebra o aniversário de Brasília e a própria autora dos quadros, 

uma personagem que faz parte da história da cidade. Violinista respeitada no meio musical do DF, Valeska evoca todas as mulheres guerreiras, competentes, talentosas e resilientes que vieram contribuir para o desenvolvimento da nova capital 

Ao celebrar seus 80 anos, Valeska apresenta à comunidade de Brasília, que a conhece bem como musicista e professora, o seu talento nato como artista plástica. 

Valeska Hadelich Nasceu em Stuttgart, na Alemanha, em 1943, filha de pai e mãe músicos, e desde cedo manifestou vocação tanto para a música quanto para as artes plásticas, frequentando na juventude o atelier de Hermann Hübsh, renomado expressionista alemão. 

Aos 18 anos decidiu direcionar sua vida profissional para a música, concluindo sua formação acadêmica em música na Alemanha. 

Em 1966, se transferiu para São Paulo, junto com seu marido, o pianista Paulo Affonso de Moura Ferreira, pai dos seus dois filhos, com quem participou de vários festivais de música contemporânea. 

Em 1969, Valeska e Paulo Affonso foram convidados para integrar o corpo docente da Universidade de Brasília. Ela foi fundadora do Quarteto de Cordas da UnB e, posteriormente, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, sob a direção do Maestro Claudio Santoro. 

A musicista também cumpriu intensa agenda de viagens e gravações com o Duo Hadelich e Ney Salgado (violino e piano), com seu segundo marido, com quem viveu durante 40 anos e que foi o grande incentivador de todos os seus trabalhos artísticos. 

Mesmo com sua intensa carreira musical e acadêmica, a expressão artística de Valeska se completava, também, com a pintura, com fases extremamente prolíficas em diversas técnicas como óleo, guache, pastel, aquarela e esculturas. 

Ela participou de exposições no Brasil e na Alemanha, tendo destaque o evento de concerto/exposição no Castelo de Koenigstein. Ao apreciar as obras de Valeska, observamos a forte influência do expressionismo alemão. 

Sua produção extremamente intuitiva retrata suas emoções e memórias, bem como aspectos relevantes de pessoas e experiências tanto na música quanto com a natureza, representando animais fantásticos, plantas, amigos, família e amores. 

Sempre se atualizando, fez aulas de desenho com Manuel Bandeira no Rio de Janeiro.

Desde sua aposentadoria da Universidade de Brasília e da OSTNCS, priorizou as artes plásticas, de forma espontânea e natural. 

Uma mulher multifacetada que expressa sua criatividade nas mais diversas habilidades desenhando suas roupas, o projeto da casa, do jardim e criando maravilhosas receitas… Mantendo plena a sua produção até os dias atuais. 

Casa Thomas Jefferson 60 anos 

Ao longo de 2023, a Casa Thomas Jefferson festeja 60 anos de ininterruptas atividades. Idealizado desde a inauguração da cidade por um grupo formado por brasileiros e norte-americanos, o centro binacional iniciou suas atividades em 1963, modestamente, em salas comerciais na Quadra 510 da W3 Sul. Desde então, se mantém fiel ao seu Estatuto e ao compromisso com a sociedade na promoção, produção e apresentação de eventos culturais de alta qualidade gratuitamente para a comunidade de Brasília. 

A série Sextas Musicais destaca-se no cenário de Brasília e do Brasil e pode ser considerada um patrimônio imaterial da capital por sua contribuição à sociedade, às instituições e à comunidade artística. A excelência em todas as áreas em que a Casa Thomas Jefferson adquiriu ao longo de seis décadas e que agora é expandida para outras cidades no Brasil deve ser considerada, com legitimidade, típica e oriunda de Brasília para o país.