Divas do Jazz - show de Cláudia Vieira

Divas do Jazz - show de Cláudia Vieira

Quando: sexta-feira, 20 de setembro de 2024, às 20 horas
Onde: CTJ Hall, Casa Thomas Jefferson da 706/906 Sul
Quanto: entrada franca, sem necessidade de retirada antecipada de ingressos.

Divas do Jazz é o nome do show gratuito que uma das mais importantes cantoras do Centro-Oeste brasileiro fará no CTJ Hall desta sexta-feira. A goiana Cláudia Vieira chega a Brasília para uma apresentação memorável que vem arrebatando público e crítica por onde passa. O show começará pontualmente às 20 horas, na Casa Thomas Jefferson da 706/906 Sul e será transmitido também pelo canal da Thomas no Youtube. Quem for ao CTJ Hall assistir de perto nem precisa retirar os ingressos antecipadamente. Basta comparecer.

O show foi concebido por Cláudia Vieira com a única pretensão de ser uma homenagem às divas estadunidenses do jazz. Todas elas foram consideradas mulheres à frente de próprio tempo. Para isso, Cláudia Vieira selecionou cinco memoráveis cantoras que na avaliação da artista viveram a música de forma intensa, visceral, apaixonada e, principalmente, verdadeira: Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Bessie Smith e Dinah Washington. São artistas que desafiaram os preconceitos e a discriminação por serem mulheres, pobres e pretas. Tudo isso num cenário do começo do século passado, nos Estados Unidos, onde as casas noturnas e os cabarés davam lugar e espaço à “música do diabo”, como o jazz e o blues eram conhecidos e embalavam as bebedeiras e as paixões violentas e avassaladoras.

Foi nesse ambiente underground que algumas dessas meninas se fizeram mulheres, cantoras, divas. Outras, como Dinah Washington, iniciaram na Igreja Batista, influenciada pelo gospel e pelas rígidas “normas” paternas. No contraste do glamour e da dor, essas mulheres desafiaram os preconceitos para se estabelecer e destacar, vencer os desafios, cair e se tornaram eternas.

Bessie Smith foi a pioneira ao canta a própria dor de uma infância órfã. Billie Holiday, a intérprete perfeita, ressoava a dor mansamente. Dinah Washington, de fantástico senso de fraseado, tonalidade marcante e ataque potente exagerava nos palcos e na vida. Ella Fitzgerald cantava com doçura e alegria, como se o palco fosse o templo que a levasse para longe de todo sofrimento para ser feliz. Nina Simone era forte, resiliente, destemida, engajada e ativa nas lutas contra o racismo e o preconceito. Ela cantou no velório de Martin Luther King, enfrentava o mundo, mas sofria violência e abuso do marido, em casa.

Divas do Jazz é um projeto com repertório que celebra essas mulheres fascinantes, talentosas e corajosas com paixão, dor, força e alma. Cláudia Vieira homenageia com total propriedade essas mulheres, pois o show Divas do Jazz tem nela uma diva que reverencia essas cinco divas. O roteiro do show leva o público ao universo do jazz e o descortina cada nota de forma visceral, profunda, apaixonada, melodiosa e cheia de alma. “Divas do Jazz não é só um show. É um chamado, um lamento, um clamor”, diz Cláudia Vieira.

 

A artista

 

Nascida na capital Goiânia, Cláudia Vieira iniciou a trajetória musical na infância, por meio do incentivo e inspiração do pai, o Goia, que é cantor e exerceu grande influência na formação do gosto musical da filha. Em 1992, Cláudia passou a se dedicar mais à carreira artística e trilhou pelos caminhos do jazz e blues, fazendo destes estilos uma casa aconchegante à própria voz e aos ouvidos mais atentos. Nos shows, Cláudia  traz ainda clássicos da MPB, em interpretações que valorizam não somente a voz mas, também, contextos e ambientes das interpretações.

Claudia estudou canto popular com a professora Bartira Bilego. Em 2000, iniciou aulas de canto com a professora Honorina Barra . Atualmente estuda com a professora Evelyn Ferreira. Reconhecidamente um dos melhores talentos da música Goiana, Cláudia acumula indicações para prêmios nacionais, participações em trilhas sonoras de curtas metragens, com exibição em festivais no exterior e participa ainda dos principais Eventos Culturais do Estado de Goiás. Em 2001, gravou o primeiro CD solo, intitulado Sobretudo Encontros. Com esse trabalho, dentre outras razões, concorreu ao Prêmio Caras de Música com a composição “Triste Papel”, de João Caetano/Otávio Daher, e teve canções inseridas na programação da Rádio Expresso 2222, do cantor Gilberto Gil.

Em setembro de 2006, a intérprete lançou o segundo CD “Para Caliandras, Miosótis e Margaridas”. Uma das faixas conta com a participação especial do músico mineiro Toninho Horta, que é um dos maiores instrumentistas do mundo. Em 2013, Cláudia foi eleita uma das 75 mulheres de referência no estado de Goiás pela trajetória artística e atuação em políticas culturais. Na mesma época participou como cantora convidada no CD “The Chico Buarque Experience” que ganhou o prêmio de melhor álbum de Língua Estrangeira, no 26º Prêmio da Música Brasileira, gravado no Rio de Janeiro com participações dos grandes e importantes intérpretes Jorge Vercilo, Zé Renato, Cris Delano , Ithamara Koorax.

O disco traz versões de canções de Chico Buarque para o inglês. Em 2015, lançou seu terceiro CD solo “ Entre Tantos Entretantos”. Participou do 7º Goyaz Festival de Jazz com o grupo PatOcan, no ano de 2017, no Teatro Goiânia. No período de 2010 a 2018, participou das oito Edições do Festival Goiânia Canto de Ouro, no Teatro Goiânia Ouro. Cláudia participou de edições do Festival Canto da Primavera em Pirenópolis e do Festival Internacional de Cinema – FICA, na cidade de Goiás. Formada em Psicologia lecionou na Universidade Católica de Goiás.