Há um violino e um repertório clássico à sua espera nesta sexta-feira em Brasília. É que o italiano Alessandro Borgomanero, violinista, nascido em Roma, se apresenta em um sofisticado espetáculo gratuito, a partir das 20 horas no CTJ Hall da 706/906 Sul, a partir das 20 horas. A entrada é gratuita e não é preciso retirar os ingressos antecipadamente. O espetáculo também será transmitido, ao vivo, pelo canal da Casa Thomas Jefferson, no Youtube.
O espetáculo, que será apresentado no projeto Sextas Musicais, é a celebração de grandes obras solo em violino e será aberto com aquela que pode ser considerada uma das maiores obras de todos os tempos, “Partita nº 2 em Ré menor para Violino Solo”, de Bach. Na sequência, Borgomanero apresenta uma série de grandes obras eruditas brasileiras, compostas desde 1908. “A mais recente terá lançamento mundial nesta apresentação. É de do compositor brasiliense Fernando Morais, Mosaico nº 4 para Violino Solo”, diz.
A pesquisa para o repertório, segundo ele, começou em 2015 e vem sendo aperfeiçoada ano após ano. O violinista diz que a execução das músicas dura cerca de 50 minutos, intercalados com informações sobre cada peça, em uma conversa intimista com o público. “Eu vou explicando as obras porque assim eu me aproximo do público e as pessoas vão se relacionando com cada obra de maneira diferente. Isso quebra um pouco a formalidade e cria proximidade”, acredita.
O projeto Sextas Musicais oferece semanalmente ao público, de forma presencial, shows gratuitos do melhor da música brasileira e internacional, sempre em apresentações de altíssimo nível. A Casa Thomas Jefferson conta com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos na realização dos eventos culturais.
Sobre o artista
Alessandro Borgomanero nasceu em Roma, concluiu mestrado em 1992, na Universidade de Música Mozarteum, de Salzburg, Áustria. Ele continuou os estudos com renomados violinistas como Boris Belkin, Salvatore Accardo e Rodolfo Bonucci. Desde então, vem se apresentando nos mais renomados espaços da música clássica ao redor do mundo. Por exemplo, apresentou-se como solista frente à Orquestra de Câmara de Budapeste, Salzburg Chamber Soloists, Philadelphia Virtuosi, London Mozart Players, Orquestra de Câmara de Berlim, Orquestra Sinfonietta Salzburg, Bachiana Filarmônica, Sinfônica de Vaasa (Finlândia), Sinfônica de Guayaquil, Sinfônica Nacional do Equador, L´Armonica Temperanza di Roma, Filarmonica Siciliana, Tbilisi State Chamber Orchestra (Georgia), Filarmônica de Montevideo e com a maioria das orquestras do Brasil. Em 2002, realizou a primeira execução brasileira do Concerto nº 2 para violino de Schostakovich, em Curitiba. Em 2005 apresentou-se como solista com a Orquestra de Câmara do Kremlin (Rússia), em dois concertos no auditório do Kremlin em Moscou. Em 2009, fez a estreia do concerto para violino de Jaime Zenamon com a Orquestra Sinfônica do Paraná e, no ano de 2015, foi convidado para tocar a estréia mundial do Concerto para Violino, Sax e Orquestra de Helene Rasquier, no Carnegie Hall de Nova Iorque com a New York Sinfonietta. Em duo com violino e piano, e como integrante do Quarteto Mozarteum obteve elogios do público exigente e da crítica especializada em tournées pela Áustria, Escócia, Inglaterra, França, Holanda, Portugal, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Peru, Equador, Chile, Argentina, e Uruguai e China. Apresentou-se em renomadas e prestigiosas salas de concerto como no Grosses Festspielhaus in Salzburg, Musikverein de Viena, Palau de la Música de Barcelona, no Tivoli em Copenhague, Alte Oper de Frankfurt, Bunka Kaikan e Sala Pablo Casals em Tóquio, no Teatro Olímpico de Roma, no Teatro Colón em Buenos Aires, na Sala São Paulo e na Sala Minas Gerais. Gravou vários programas para a rádio e televisão, como a BBC de Edimburgo, NHK de Tóquio, ORF de Salzburg e para a RAI Italiana.